Por razões de segurança, ele não
pode ser identificado, mas um iraquiano anônimo vem sendo chamado de herói pela
mídia cristã alternativa por realizar o impensável. Mesmo arriscando sua vida,
ele tem entrado em regiões do Iraque controladas pelo grupo terrorista Estado
Islâmico (EI) e comprado meninas cristãs, muçulmanas e yezidi que são vendidas
como escravas sexuais para quem tiver dinheiro e interesse.
Após resgatá-las ele as ajuda a
reencontrar suas famílias. No final do ano passado, foi divulgado um vídeo onde
ele aparece levando para casa uma jovem yezidi e a devolve para o pai. A
família não tinha noção de onde ela estava desde que fora sequestrada pelos
soldados do EI.
Publicado originalmente pelo site
Shoebat, multiplicou-se rapidamente na internet, chegando a quase 100 mil
visualizações no primeiro mês.
Segundo o Shoebat, ele poderia
ser considerado um “Moisés moderno”, que tem libertado escravos das garras de
seus opressores. Não há detalhes de quantas meninas ele já salvou, mas trata-se
de uma atitude nobre, que não recebe atenção dos meios de comunicação de massa.
Recentemente, o portal Gospel
Prime divulgou em português uma matéria do jornal inglês Daily Mail mostrando
como os soldados do Ei fazem esse comércio. Previsto pelo Alcorão na Sura 4:24,
a prática é explicitada em tempos de guerra – como a que os soldados do EI
acreditam estar lutando. A maioria de suas prisioneiras são cristãs e yazidies,
uma minoria religiosa do Curdistão.
Relatos, como os da organização
não governamental Humans Rights Watch, mostram testemunhos de mulheres que
serviram como escravas contando que crianças também são compradas e vendidas.
Uma das edições da revista online
Dabiq, publicada em inglês pelo EI justifica o uso de mulheres “infiéis” como
escravas sexuais. O artigo intitulado de “A recuperação da escravidão antes da
hora” afirma que o EI restabeleceu a escravidão em seu califado. Nos leilões, o
preço varia. Quanto mais nova, maior o valor pedido.
Segundo o Daily Mail, existe uma
espécie de tabela. Os valores são aproximados, considerando que o câmbio varia
semanalmente.
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