No dito popular que visa desmerecer os incrédulos
contemporâneos, diz-se que “Deus não acredita nos ateus”. Agora, um grupo de
pesquisadores afirma que o ditado pode ter muito mais razão do que se
imaginava.
Um artigo do escritor Nury Vittachi afirma que as pesquisas
multidisciplinares que vem sendo desenvolvidas apóiam cada vez mais a ideia de
que o cérebro humano foi desenvolvido para crer na existência de Deus.
No texto intitulado “Cientistas descobrem que os ateus podem
não existir, e isso não é uma piada”, Vittachi afirma que o “ateísmo é
psicologicamente impossível devido à maneira como os seres humanos pensam”.
Vittachi cita ainda novos estudos mostram que “até mesmo as
pessoas que afirmam estar comprometidas tacitamente com o ateísmo têm crenças religiosas,
como a existência de uma alma imortal”.
Segundo o Charisma News, o artigo de Vittachi cita ainda
outro pesquisador ateu que demonstrou que todas as pessoas se envolvem num
monólogo interno, independentemente se a pessoa a quem os seus pensamentos são
dirigidos está realmente presente.
Vittachi diz em seu artigo que existe uma tendência humana
intrínseca de acreditar na justiça divina. O autor afirma que tanto as pessoas
religiosas e não-religiosas possuem um senso inato de que consequência. “Se eu
cometer um pecado, não é um evento isolado, mas terá repercussões apropriadas”,
escreve Vittachi, que lembra que o termo comumente usado pelos não cristãos é
“carma”.
Mesmo os ateus mais ferrenhos não são isentos de crenças: “Se
um ente querido morre, mesmo pessoas muito anti-religiosas geralmente sentem
uma necessidade de um ritual de despedida, com leituras de livros antigos e/ou
entoação de declarações que não são nada além do que orações”, Vittachi
escreve. “Em situações de guerra, os comandantes frequentemente comentam que os
soldados ateus oram muito mais do que eles pensam que eles fazem”, acrescentou.
O jornalista cristão Alex Kocman comentou o artigo de
Vittachi dizendo que enquanto os cientistas tentam conectar todas essas tendências
de fé a uma fonte de evolução, eles “estão ignorando a chave de todas as
evidências: a cosmovisão cristã bíblica”.
“Em Romanos 1:18-23, o apóstolo Paulo escreve que ‘o que se
pode conhecer de Deus é manifesto entre eles’, isto é, todos os homens e que
‘seus atributos invisíveis’, ou seja, o seu eterno poder e sua natureza divina,
‘têm sido claramente percebido, desde a criação do mundo, nas coisas que foram
feitas. Então, eles são inescusáveis’. Ele, então, vai ao ponto de afirmar que
todas essas pessoas ‘sabem de Deus’ (v. 21). A implicação, portanto, é que o
homem por natureza pressupõe a existência de seu Criador, até que ele se
convence a pensar o contrário”, sintetizou o jornalista.
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