quarta-feira, 3 de junho de 2015

PASTOR TOCA PROJETO SOCIAL EM ANTIGO LIXÃO E OFERECE ESPORTE E COMIDA A CRIANÇAS E ADOLESCENTES

O maior lixão da América Latina, em Gramacho, na cidade de Duque de Caxias (RJ) foi fechado há três anos, e os moradores do local, que atuavam como catadores, receberam uma pequena indenização em dinheiro e, na prática, ficaram abandonados no local.

O pastor Anderson Leite, que desenvolve o projeto Social Ide Missões, trabalha com crianças e adolescentes da comunidade, oferecendo a prática de esportes e refeições.

No começo, Leite encontrou uma situação de calamidade e abandono. Em uma entrevista concedida ao G1, o pastor relata que encontrou crianças que não tinham o que comer por dias.

“Coloquei as crianças para treinar e um garoto desmaiou. Corri na padaria, comprei uma coca-cola e uma bananada e demos a ele para a taxa de glicose subir. Depois, dei uma bronca no moleque e disse que eles tinham que comer antes de vir treinar. O garoto virou e disse: ‘Pastor, tem três dias que eu não como nada. Não tem nada lá no barraco para comer’”, relembra o pastor Anderson.

Esse episódio o inspirou a construir uma cozinha industrial na sede do projeto social, e agora, ele oferece almoço e lanche diariamente para cerca de mil crianças.

Anderson Leite afirma que a proposta de sua iniciativa é mudar a vida dos jovens através do esporte.

O projeto social usa um galpão construído na comunidade, e lá, crianças e adolescentes fazem aulas de artes marciais todos os dias da semana e nos fins de semana participam de competições na cidade do Rio de Janeiro, e até fora do estado.


O pastor relata que com o projeto, alguns meninos que estavam entrando para o tráfico de drogas acabaram encontrando no esporte uma oportunidade de mudar de vida: “É isso que vale a pena. Minha missão é essa. Quando estava decepcionado com a igreja e pedi a Deus para sair do Brasil e ir para o Haiti ou para a África, ele me apresentou uma África bem perto de mim, uma região de miséria extrema que fica a 30 minutos de qualquer ponto do Rio. Jardim Gramacho para mim é a África brasileira e por isso estamos aqui há sete anos”, resume.

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