O diretor do Presídio Regional de
Sapé, Antônio Galdino da Silva Neto, teve sua vida relatada em um documentário
que foi lançado recentemente na sede da OAB em João Pessoa, na Paraíba.
Silva Neto tem uma história de
vida incomum, de presidiário se tornou diretor de um presídio que é exemplo em
todo o Brasil por trabalhar para a ressocialização dos criminosos.
Ele foi preso por assassinar a
própria esposa após uma discussão, foi condenado a 15 anos e oito meses de
prisão, cumpriu quatro anos e meio em regime fechado e o restante no regime
semi-aberto.
Foi na prisão que ele foi
evangelizado e se tornou evangélico, após a conversão ele passou a estudar
completando o Ensino Fundamental e Médio e também passou a evangelizar os
outros detentos.
Assim que saiu em regime
semi-aberto Silva Neto foi convidado a trabalhar como segurança na Assembleia
Legislativa da Paraíba a convite do então deputado Ricardo Coutinho, que hoje é
governador do Estado.
“Como realizava bem o meu
trabalho fui indicado para assumir a direção do presídio de Sapé, um convite
que recebi em choque, eu não podia acreditar”, relembra o ex-presidiário.
Desde que assumiu o presídio,
Silva Neto tem realizado um trabalho que chama a atenção, pois a cada cem
pessoas que passam pela prisão de Sapé, apenas duas reincidem, um número muito
baixo se comparado ao restante do país.
“Trato os presidiários como se
fossem meus filhos. Pego no pé mesmo, mas é porque os quero bem”, diz o diretor
que implementou um modelo de qualificação para os detentos, um método que
passou a ser referência.
Diversas autoridades políticas
participaram do lançamento do documentário feito pela produtora F1, entre eles
o advogado Edinal Correia de Oliveira que já foi diretor de diversas unidades
prisionais na Paraíba.
“Já fui diretor de todos os
presídios da Capital, conheço o sistema penitenciário de perto e posso dizer
com convicção que o presídio de Sapé é o único que verdadeiramente trabalha a
ressocialização de presos”, disse ele.
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