Para quem mora no Brasil muitas
vezes é difícil dimensionar as consequências de certas situações nos países
muçulmanos. O Níger é um país pequeno da África e muito pobre. Mas lá trabalham
dezenas de missionários brasileiros. Um dos ministérios mais conhecidos é o
Guerreiros de Deus, do ex-paquito Alexandre Canhoni.
Entre sexta e sábado, pelo menos
oito igrejas foram incendiadas após manifestações contra a publicação do
semanário francês Charlie Hebdo de uma caricatura de Maomé.
Como ex-colônia francesa, ainda
existe uma forte ligação cultural entre os dois países. Na capital Niamey e em
Maradi o resultado foram 4 mortos e 45 feridos.
Em Zinder, segunda maior cidade do país, cerca de 300 cristãos estão
debaixo de escolta militar. Segundo a imprensa, mais de 250 estavam escondidos
em uma caverna.
Os tumultos em Niamey foram
liderados por seis grupos de 200 a 300 manifestantes armados com paus, barras
de ferro e picaretas. Eles gritavam palavras de ordem e clamavam o nome do
profeta Maomé.
Embora muitos líderes muçulmanos
tenham pedido calma, a violência se alastrou contra os cristãos. Há notícias
que foram destruídos vários bares, hotéis, tabernas e lojas que pertencem a não
muçulmanos ou empresários ligados a empresas francesas.
Entre os locais de culto cristão
atingidos está a base do Guerreiros de Deus e a casa do missionário Alexandre.
Ele e sua esposa Giovana fazem um trabalho com crianças. Pelo Facebook,
postaram fotos da destruição e a mensagem: “Nossa base e casa foram atingidos.
Quebraram tudo e queimaram. Saímos 5 minutos antes. Estamos bem. Nossos meninos
estão bem graças a Deus. Alguns escondidos e com famílias. Ninguém dos nosso se
machucou. Estamos orando pedindo uma direção de Deus”.
Embora a imprensa brasileira não
tenha dado espaço para os acontecimentos envolvendo missionários brasileiros no
Níger, sugiram vários movimentos de intercessão pelas redes sociais.
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