Uma descoberta arqueológica
recente passou a ser considerada por especialistas como uma comprovação da
existência de Davi e seu reinado sobre Israel séculos atrás. A rocha encontrada
em Israel está em exposição no Metropolitan Museum of Art, em Nova York (EUA).
Medindo 13 x 16 centímetros, a
peça tem linhas de texto legíveis, e um trecho do texto que menciona o rei Davi
descreve sua dinastia como “extraordinária”. Análises realizadas no artefato
estimam que ela tenha sido entalhada no ano 850 a. C., aproximadamente 150 anos
após o período em que o salmista reinou sobre Israel.
De acordo com o The Blaze, a peça
seria oriunda da região de Tel Dan, no norte de Israel, e teria sido encomendada
para a comemoração das conquistas do rei sírio Hazael, inimigo dos reinos de
Israel e Judá, e autoproclamado assassino de Jorão, rei de Israel, e Ahaziahu,
rei da “Casa de Davi” (ou Judá).
“Não há dúvidas que a inscrição é
um dos artefatos mais importantes já encontrados em relação à Bíblia”, afirmou
Eran Arie, curador no Museu de Israel. A mesma posição foi tomada pela Agência
Telegráfica Judaica (JTA, na sigla em inglês) que definiu a rocha como “a mais
antiga referência extrabíblica” ao rei Davi.
Eran Arie acrescentou ainda que a
inscrição com o nome de Davi é uma clara indicação de que a “’Casa de Davi’ era
conhecida em toda a região e que a reputação do rei não foi uma invenção
literária” de um período histórico posterior.
Em maio deste ano, a descoberta
arqueológica da lendária cidadela dominada pelo rei Davi durante sua conquista
de Jerusalém já havia trazido indícios de que o salmista havia realmente
existido e liderado o povo hebreu.
“Esta é a cidadela do Rei Davi,
esta é a cidadela de Sião, que o rei Davi tomou dos jebuseus. Podemos comparar
todo o local com a Bíblia, perfeitamente”, anunciou à época o arqueólogo Eli
Shukron, ex-funcionário da Autoridade de Antiguidades de Israel.
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