"Para muitos, que
não foram pessoalmente afetados pelos motins anticristãos em Orissa, no ano de
2008, os eventos tornaram-se história. Mas, para aqueles que enfrentaram a
forte violência e perseguição, as cicatrizes da tragédia continuam recentes
A extensão do
sofrimento da comunidade cristã de Orissa continua a ser inimaginável. Junto
com a reconstrução das estruturas físicas das casas e igrejas destruídas nos
motins, há o maior desafio de reconstruir a vida das pessoas e comunidades que
foram desfeitas. Já se passaram seis anos e ainda pouco, dessa reconstrução que
é muito necessária, se concretizou.
Embora o
governo tenha feito várias promessas para as vítimas dos motins de 2008, seis
anos após o massacre, as promessas nunca se materializaram," diz Pramod
Raul, um líder cristão de Orissa envolvido em trabalho de apoio. "A ajuda
que foi prometida nunca chegou às vítimas."
De acordo com a
Associação Evangélica da Índia (EFI, sigla em inglês), as estatísticas mostram
que dos 827 Relatórios de Primeiras Informações que foram preenchidos, as
acusações foram averiguadas em apenas 512 casos. Desses, apenas 75 acabaram em
condenações, sendo que somente 477 pessoas foram condenadas, a maioria por
delitos menores ou insignificantes, como a queima de casas e destruição de
propriedade. Até o momento, apenas nove pessoas foram condenadas por sua
atuação na morte dos cristãos.
"As vítimas
de 2008 foram desiludidas pelo governo e por ONGs," diz Rajkumar, um
advogado cristão e ativista de Orissa. "Mesmo depois de seis anos, a
justiça para as vítimas é um sonho distante. No entanto, a comunidade
internacional tem desempenhado um papel importante em trazer a questão para
discussões de nível internacional.”
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