Grande parte do
sucesso do chamado “desafio do balde de gelo” é devido à cultura atual em que
tudo passa pelas redes sociais. Uma pessoa desafia outra (ou mais de uma) e a
coisa “viraliza” rapidamente. Com versões traduzidas, se espalhou por boa parte
do mundo e teve um efeito benéfico para alertar sobre uma doença sem cura
conhecida.
Pouco tempo
depois, outros “desafios” surgiram, mas sem o mesmo sucesso. Talvez por que não
envolviam diretamente uma causa. Um grupo ateu está tentando usar essa “onda” e
reviver o “The Blasphemy Challenge” [Desafio da blasfêmia], lançado anos atrás
e que não teve grade repercussão. O Rational Response Squad [Esquadrão da
resposta racional], que iniciou a campanha, explica que é uma forma moderna de
promover o ateísmo.
Basicamente, o
participante deve gravar um vídeo onde blasfema contra Deus e/ou ofende o
Espírito Santo. Os primeiros que fizeram isso receberam um DVD contendo um
documentário antirreligioso. A rede Fox News noticiou a tentativa de retomar o
movimento. O site da revista Charisma News investigou e mostra que é realmente
uma maneira de se desafiar a promessa de Marcos 3:29, quando Jesus diz que a
blasfêmia contra o Espírito Santo é um pecado sem perdão.
“Os ateus
conseguiram chamar atenção principalmente de adolescentes, que mostram sua
oposição ao cristianismo”, disse Perri Geada. “Quase não há ofensas contra
outras religiões”.
Barry Leventhal,
diretor do programa de estudos judaicos no Seminário Southern Evangelical,
lembra que “Há uma diferença entre um pecado imperdoável, e o pecado
imperdoável. Em última análise, ofender o Espírito é negar sua ação de
convencimento. Portanto, a pessoa morre sem crer em Cristo. Isso terá
consequências eternas”.
Porém, a maioria
dos estudiosos concorda que as advertências de Jesus sobre “blasfemar contra o
Espírito Santo” eram uma situação única, restrita ao tempo em que Cristo esteve
na Terra. Leventhal, explica: “O próprio Jesus apresentou-se como Messias aos
líderes judeus. Com provas irrefutáveis, ele tinha feito tudo que é necessário
para comprovar quem ele era, mesmo assim atribuíram suas obras ao Diabo,
causando a pior forma de blasfêmia”.
Mesmo assim, ele
alerta que os jovens não se deixem levar por algo que pode parecer apenas uma
brincadeira, pois existe uma séria conotação espiritual nas palavras que eles
são estimulados a usar.
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