Um grupo de homens armados
matou pelo menos 30 pessoas em um ataque em Shonog, cidade de granjeiros
cristãos no centro da Nigéria, onde 25 residentes ficaram feridos e 40 casas
foram incendiadas
O ataque aconteceu
segunda-feira (07/01), na região de Riyom, no Estado de Plateau, onde são
frequentes ataques étnico-religiosos dessa natureza, informou o jornal local Punch.
Grupos de líderes religiosos das etnias muçulmanas hausa e fulani costumam
enfrentar granjeiros cristãos neste estado.
Vários homens armados invadiram
a cidade por volta das 7h do horário local (4h, em Brasília), quando muitos
homens tinham deixado suas casas para trabalhar nas fazendas. Muçulmanos
radicais dispararam indiscriminadamente contra os moradores da cidade e
mataram, principalmente, mulheres e crianças.
Mark Lipido, diretor da ONG
local Stefanos Foundation, assegurou que o número de falecidos pode ser
superior a 30, já que muitos residentes se refugiaram, após serem feridos, nas
florestas próximas. "As informações que nos chegam indicam que os fulani
atacaram Shorong. Nossas fontes nos indicam que foram encontrados cerca de 30
corpos na cidade e nas imediações", indicou.
"Os habitantes estão
vendo, sem poder fazer nada, como os soldados não atuaram porque não pediram
que atuassem", lamentou. Não em vão, o ataque aconteceu apesar da presença
de militares nigerianos das Forças Especiais, desdobrados na zona para manter a
paz no estado de Plateau.
O porta-voz das Forças
Especiais, Salisu Mustapha, disse que o número elevado de pessoas que atacaram
os cristãos atrasou a resposta dos soldados. "Os soldados tiveram que
solicitar reforços porque eram muitos", declarou Mustapha.
Os enfrentamentos
étnico-religiosos são frequentes nesta região central da Nigéria, onde já
morreram milhares de pessoas nos últimos anos. A luta pela apropriação dos
recursos naturais (como o pasto e a água) entre muçulmanos e granjeiros
cristãos é uma das principais causas desta violência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário