Enquanto a Portas Abertas recebia a notícia da
morte do 25º cristão, prisioneiro de consciência, na Eritreia, o governo
prendeu outros cristãos que se reuniram para orar e adorar a Deus
Wehazit Berhane Debesai, uma cristã com 30 anos,
morreu na semana passada. O dia exato de sua morte é desconhecido. Ela morreu
de pneumonia depois de enfrentar duras condições e privação de tratamento
médico na prisão, por ter se recusado a negar sua fé.
Wehazit estava trabalhando, quando autoridades a
prenderam, um ano atrás, e a mantiveram incomunicável em Adi Quala, sul de
Mendefera, perto da fronteira etíope. Ela foi presa porque estava envolvida em
atividades cristãs fora das igrejas Ortodoxa, Católica e Evangélica Luterana.
Não se sabe muito sobre Wehazit além do fato de
que ela estava prestes a se casar com um homem conhecido apenas por seu
primeiro nome, Yohannes. Ele foi preso no mesmo dia que Wehazit e também foi
mantido em Adi Quala.
Enquanto isso, autoridades de segurança
prenderam 70 cristãos na capital Asmara, pertencentes a várias denominações. A
prisão aconteceu quando os cristãos se reuniram para um encontro de oração
especial. É a terceira vez que o pastor que conduzia o evento de oração é preso
por suas atividades cristãs. Seu nome não será citado para impedir que as
autoridades usem isso contra ele.
Oficiais levaram a maioria deles para o Distrito
de Polícia 4, mas um grupo de 27 pessoas, em sua maioria mulheres, está no
Distrito de Polícia 2, na capital.
Esta última prisão faz com que o número de
cristãos presos este ano chegue a quase 300, o que os cristãos locais têm
chamado de ‘a campanha mais severa contra a Igreja até hoje’. Tudo aconteceu
assim que a poeira baixou, após cerca de 380 imigrantes, em sua maioria
eritreus e somalis, morrerem em duas tragédias de barco, quando tentavam chegar
à ilha italiana de Lampedusa, em meados de outubro.
Um colaborador da Portas Abertas comentou:
"Nós gostaríamos de pedir para que a Igreja em todo o mundo ore pelas
mulheres e homens de todas as idades que permanecem na prisão em calabouços
subterrâneos, contêineres de metal e centros de detenção militares por causa de
sua fé. Eles enfrentam trabalho duro e são expostos à falta de alimentos, água
e higiene. Regularmente, é negado a eles tratamento médico para malária e
pneumonia, doenças que eles contraíram enquanto estavam na prisão, ou doenças
como diabetes, hipertensão ou câncer que eles já tinham antes de serem
presos".
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